Área Tecnológica na Mídia – 10/06/2024 a 14/06/2024

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Área Tecnológica na Mídia – 10/06/2024 a 14/06/2024

Área Tecnológica na Mídia – 10/06/2024 a 14/06/2024


Uma simulação digital alimentada por Inteligência Artificial que pretende ajudar a humanidade a prever como as mudanças do clima vão impactar o planeta. Assim é o Destination Earth (DestinE), projeto que recebeu mais de 315 milhões de euros da Comissão Europeia para criar um ‘gêmeo digital’ da Terra. A ferramenta simula virtualmente a interação entre fenômenos naturais e atividades humanas para prever as implicações em situações como disponibilidade de água, alimentos e funcionamento dos sistemas de energia, registra Um Só Planeta. A expectativa é que o projeto possa fornecer um método de teste de cenários que ajudará os tomadores de decisão e os cientistas a prepararem-se melhor para o que nos espera no futuro. Entre os cenários estudados estão, por exemplo, formas de escolher onde construir parques eólicos ou onde plantar determinados alimentos. O DestinE consiste em dois modelos: um centrado na adaptação às mudanças climáticas e outro nos extremos das condições meteorológicas. Ambos se baseiam em dados de fontes como o Copernicus, componente de observação da Terra do programa espacial da União Europeia. Para funcionar, a plataforma depende da rede de computadores de alto desempenho da Europa (EuroHPC), incluindo o supercomputador LUMI, em Kajaani, na Finlândia. Para o Destination Earth, a Comissão Europeia fez parcerias com o Centro Europeu de Previsões Meteorológicas de Médio Prazo (ECMWF), a Agência Espacial Europeia (ESA) e a Organização Europeia para a Exploração de Satélites Meteorológicos (EUMETSAT). “O lançamento do Destination Earth (DestinE) é um divisor de águas na luta contra as mudanças climáticas. Isso significa que podemos observar desafios ambientais que podem nos ajudar a prever cenários futuros – como nunca fizemos antes. O futuro está literalmente ao nosso alcance”, afirmou Margrethe Vestager, vice-presidente Executiva para uma Europa Preparada para a Era Digital. Os dados de simulações feitas nos próximos anos serão combinados para criar ‘um gêmeo totalmente digital da Terra’ até ao final da década.

 


Engenheiros da Universidade de Stanford, nos EUA, encontraram um modo de apresentar imagens 3D em movimento sobrepostas a uma visão direta do mundo real. Inaugurando um campo de pesquisa que a equipe chama de ‘computação espacial’, o primeiro resultado é um protótipo de equipamento de visão de realidade aumentada que usa imagens holográficas para sobrepor cenas coloridas em movimento 3D nas lentes de um acessório que não é muito diferente de um par de óculos comum. Ao contrário dos volumosos capacetes de realidade aumentada, a nova abordagem oferece uma experiência de visualização 3D satisfatória em um formato compacto, adequado para uso até mesmo pelo dia todo, destaca Inovação Tecnológica. “Nosso capacete parece como um par de óculos do dia a dia, mas o que o usuário vê pelas lentes é um mundo sobreposto com imagens computadorizadas em 3D, vibrantes e coloridas,” disse o professor Gordon Wetzstein. Essa tecnologia poderá transformar campos que vão desde jogos e entretenimento até treinamento e educação. “Poderíamos imaginar um cirurgião usando esses óculos para planejar uma cirurgia complexa ou um mecânico de avião usando para aprender a trabalhar no mais recente motor a jato,” sugeriu Manu Gopakumar, responsável pela construção dos óculos de realidade aumentada. O protótipo representa a superação de barreiras técnicas, o que foi alcançado por meio da combinação de imagens holográficas aprimoradas por IA e novas abordagens de manipulação da luz para construção de telas, usando componentes fotônicos em nanoescala. Para passar da ‘realidade aumentada virtual’    para ‘realidade aumentada real’, a equipe adicionou aos sistemas estereoscópicos tradicionais a técnica da holografia. Apesar da grande promessa na geração de imagens 3D, a adoção mais generalizada da holografia tem sido limitada pela incapacidade de retratar sinais precisos de profundidade 3D. Mas já existem tecnologias para superar isso, e a equipe demonstrou seu uso combinado pela primeira vez. Primeiro usou IA para melhorar as dicas de profundidade das imagens holográficas, e depois utilizou componentes nanofotônicos, conhecidos como metassuperfícies, e guias de ondas, a última palavra na geração de imagens ópticas, o que permitiu projetar hologramas gerados por computador nas lentes dos óculos, sem depender de óptica adicional volumosa.

 


Liderado pela Faculdade de Economia, Administração, Contabilidade e Atuária (FEA) da USP, o projeto Bridge: Gestão de Ecossistemas para Transições Sustentáveis foi escolhido um dos novos Centros de Pesquisa, Inovação e Difusão, os chamados Cepids. Selecionado pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp) em maio, é um dos três que abrangem as áreas de ciências humanas e sociais, arquitetura e urbanismo, economia e administração, reporta o Jornal da USP. O Bridge, sigla de Building Radical Innovation and Disruption for Global Ecosystems, abrange três grandes linhas de investigação – urgência climática, desigualdade e reindustrialização – e reúne professores e pesquisadores de instituições de ensino de São Paulo e do exterior. Fazem parte do projeto a USP São Carlos, a Unicamp, a Faculdade de Engenharia Industrial (FEI), a Fundação Getúlio Vargars (FGV), além das universidades estrangeiras Oxford, Cambridge, Sussex e Texas. “O Cepid mostra a capacidade de organização de um grupo grande de professores e pesquisadores alinhados em um objetivo comum. Além disso, podemos destacar o papel transformador do centro, que em última análise é um exemplo de eficácia de política empresarial e pública para pesquisa, desenvolvimento e inovação”, disse o professor José Afonso Mazzon, coordenador do projeto. A USP possui 13 Cepids em atividade, vinculados a várias unidades e relacionados às diferentes áreas de conhecimento. São centros de pesquisa de ponta comprometidos com o desenvolvimento de pesquisa multidisciplinar de alto nível, formação de recursos humanos, transferência de tecnologia e difusão de conhecimento. Dentro do projeto do Cepid Bridge, foram estabelecidos oito programas de pesquisa com foco em diferentes tipos de ecossistemas e perspectivas de gestão para enfrentar três grandes desafios: urgências climáticas, desigualdades e reindustrialização.

 

 

13/06


Um dos grandes desafios da área de fotônica, que é a ciência da geração, emissão, transmissão, modulação, processamento, amplificação e detecção da luz, é conseguir fontes luminosas que sejam de fácil integração em chips de silício. Um grupo de pesquisadores do Departamento de Engenharia Elétrica e de Computação (SEL) da Escola de Engenharia de São Carlos da USP, em parceria com as Universidades de York, na Inglaterra, e de Cornell, nos EUA, tem investido no uso de materiais bidimensionais e uma metassuperfície capaz de potencializar a luminosidade. Os achados do trabalho foram divulgados na ACS Nano, uma das principais revistas científicas da área. Pela EESC, o professor Emiliano R. Martins e o doutorando Guilherme Arruda integram a equipe de pesquisa. Martins destaca os achados. “Todo laser precisa de um mecanismo de captura da luz, onde fica circulando e ganhando energia, espaço chamado de cavidade. Em lasers baseados em materiais bidimensionais, essa energia da luz emitida é muito pequena, o que dificulta até mesmo ter certeza se realmente é um laser. O foco do nosso trabalho foi arrumar mecanismos que potencializassem essa emissão”, detalhou. A proposta foi utilizar metassuperfícies como cavidade. “Metassuperfícies são uma nova classe de materiais ultrafinos. São mil vezes mais finos que um fio de cabelo e conseguem capturar e controlar a luz. Materiais bidimensionais são ainda mais finos, com espessura consistindo em apenas algumas camadas de átomos. O exemplo mais conhecido de material bidimensional é o grafeno, mas utilizamos outro, o TMD (do inglês Transition Metal Dichalcogenides)”, destaca o professor da EESC. Com a ajuda de uma metassuperfície de dupla ressonância, a equipe conseguiu extrair energia suficiente do laser para fazer todas as caracterizações que comprovam que é realmente um laser. “A ressonância cumpre o papel de cavidade, mas adicionamos uma segunda ressonância, ou seja, uma segunda cavidade para, além da luz emitida, também aprisionarmos a luz de bombeio, o que possibilitou um aumento significativo da eficiência do laser”, ressalta Martins. O aumento na potência da luz foi tamanho que permitiu aos pesquisadores fazerem uma medida completa das características do laser como, por exemplo, o grau de coerência espacial, o que foi celebrado como um grande avanço.

 


Mestrandos do Biodesign Lab da PUC-Rio desenvolveram um adaptador para dispositivos de filtragem de água. O projeto ‘H20bah’ permite que as vítimas da tragédia tenham acesso à água de qualidade, reporta Época Negócios. O adaptador está sendo distribuído em um kit, que contém um saco resistente para servir como recipiente para a filtragem de água, uma vela de filtro de barro e um manual de instruções. A estimativa é que 1.500 adaptadores tenham sido impressos e 400 entregues. A iniciativa do professor João Azevedo, do Biodesign Lab, e do aluno de mestrado Raphael Bastos possibilitou o envolvimento de profissionais de Design de Produto de todo o Brasil. Quem tiver impressora 3D pode fabricar o adaptador e mandar para a PUC-Rio, que funciona como central de recepção de doações para confecção das peças. Pessoas que não possuem a impressora podem contribuir doando peças como filtros ou anéis de vedação, que são vendidos em lojas de material de construção. A equipe do laboratório da PUC-Rio monta o kit e envia para o Rio Grande do Sul. Com a acessibilidade do projeto, a filtragem de água pode beneficiar diversas regiões. “Precisa estar acessível a maior quantidade de pessoas. No Piauí, um professor disse que tinha impressora 3D na escola pública e que poderia usar”, relata Azevedo. O kit com todos os itens necessários para filtrar a água pesa 400 gramas, o que facilita o transporte. O equipamento tem capacidade de filtrar 50 litros de água por dia para até 20 pessoas durante dez dias. “O kit completo custa menos de R$ 20, podendo gerar água durante dez dias e 500 litros de água no total”, explicou Bastos. A peça pode ser usada por no máximo 30 dias. Objetos impressos podem ter ranhuras, que facilitam o acúmulo de bactérias. Os plásticos usados no kit são o Ácido Polilático (PLA) e o Acrilonitrila butadieno estireno (ABS), que podem ser encaminhados à reciclagem, após serem descartados.

 


O Container Park, o novo espaço empresarial do Supera Parque de Inovação e Tecnologia, localizado no campus da USP em Ribeirão Preto, foi inaugurado no dia 10. Com área total de 3,6 mil m², dividida em dez módulos de 150 metros quadrados cada, o empreendimento recebeu investimentos de R$ 11 milhões, reporta o Jornal da USP. O  espaço foi construído com 42 contêineres marítimos reutilizados e adaptados, que foram equipados com isolamento térmico e acústico. Além do complexo empresarial, o Container Park vai abrigar praça de eventos, sala de treinamentos e espaços de descompressão. No local funcionará um novo coworking do Supera Parque, em parceria com o Senai, que instalará no local o UPLab Senai, espaço de aceleração de startups, com capacitações e conexão delas com a indústria e com os institutos de tecnologia do Senai. O reitor da USP, Carlos Gilberto Carlotti Junior, destacou a importância da inovação e da criação de novos espaços dedicados ao desenvolvimento tecnológico e empresarial. “A Universidade está extremamente comprometida com inovação. O Container Park é uma estrutura que fortalecerá ainda mais a capacidade inovadora do nosso campus”. frisou. Para o gestor do Supera Parque, professor Sandro Scarpelini, é um marco para a inovação e o empreendedorismo na cidade. Ele enfatizou a importância da nova estrutura para a expansão das startups no parque. “Nosso maior problema no Supera Parque hoje é o espaço para absorver novas startups e esse novo prédio tem capacidade para acomodar pelo menos dez empresas adicionais”, detalhou. Ele anunciou os planos futuros, incluindo a construção de um novo prédio dedicado exclusivamente à saúde, uma área de forte vocação do parque. “Conseguimos um financiamento da Finep de R$ 14 milhões e mais R$ 5 milhões da Prefeitura Municipal. Esse avanço me traz muita esperança na inovação, porque precisamos desenvolver tecnologias novas”, refletiu. Resultado de um convênio entre a Prefeitura, a USP e a Secretaria de Desenvolvimento de São Paulo, o Supera Parque foi criado em 2014 e conta com 79 empresas instaladas, distribuídas entre Incubadora de Empresas, Centro de Negócios, Container Park e loteamento. No local também funciona o Supera Centro de Tecnologia, que tem nove laboratórios para testes e ensaios. O Supera Parque é sede do Polo de Inovação em Software e do APL da Saúde e executor, para toda a região de Ribeirão Preto, do programa da Apex de estímulo à exportação, atendendo a mais de 170 empresas.

 


A Comissão Especial do Hidrogênio Verde do Senado aprovou, em votação simbólica, nesta quarta-feira (12), o projeto de lei que estabelece o marco legal para a exploração de hidrogênio de baixo carbono no Brasil. Os senadores aprovaram um requerimento de urgência, o que leva o texto direto ao plenário da Casa. O hidrogênio verde é produzido através da eletrólise da água, um processo que utiliza eletricidade para dividir a água (H₂O) em hidrogênio (H₂) e oxigênio (O₂) a partir de uma fonte de energia limpa. O marco legal do hidrogênio verde é parte da “agenda verde” para incentivar a descarbonização da matriz energética do País. O projeto cria o Regime Especial de Incentivos para a Produção de Hidrogênio de Baixo Carbono (Rehidro), isentando de contribuições empresas que, no prazo de cinco anos, realizarem investimentos em hidrogênio verde. No parecer, Alencar incluiu um trecho que isenta de PIS/Cofins e PIS/Cofins-Importação a aquisição de matérias-primas, desde que no marcado interno, empresas beneficiárias do Rehidro. Em sua complementação de voto, o relator, Otto Alencar (PSD-BA), acatou uma emenda do senador Fernando Dueire (MDB-PE), que permite às empresas que produzem qualquer tipo de biocombustível, incluindo etanol, possam se beneficiar do Rehidro. Antes, apenas produtores de biogás ou biometano eram contemplados por esses benefícios fiscais e incentivos.

 

 

12/06



O reitor da Unicamp, Antonio José de Almeida Meirelles, recebeu na segunda-feira (10) o presidente do Conselho de Inovação da Fiesp, Pedro Wongtschowski, a quem apresentou o projeto de implantação do HIDS (Hub Internacional de Desenvolvimento Sustentável) – o distrito inteligente a ser instalado em área de 11,5 milhões de m², na Fazenda Argentina, da Universidade, e que pretende atrair empresas de tecnologia para um ambiente marcado por soluções sustentáveis. “A Unicamp está cercada de instituições de primeira grandeza, como o CPQD [Centro de Pesquisa e Desenvolvimento em Telecomunicações] e o CNPEM [Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais], e está em uma região de atividade industrial muito forte. Tem condições de atrair empresas novas, startups de base tecnológica e centros de pesquisa de grandes empresas que desejam aproveitar de um ecossistema único”, avalia. Segundo Wongtschowski, “a empresa investe em inovação não porque seja uma obrigação legal, e sim porque a competição exige”. Ele ressaltou que o HIDS representa o grande projeto de futuro da Unicamp, e também é de extrema relevância para Campinas. Para esse potencial tornar-se realidade, será necessário o apoio do setor privado, pontuou.

 


O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) lançou na terça-feira (11) a 9ª edição do Atlas Geográfico Escolar. A nova edição inclui os limites da ‘Amazônia Azul’, extensa área marítima sob jurisdição do País, que se projeta a partir do litoral até o limite exterior da Plataforma Continental brasileira, informa a Agência Marinha de Notícias. A inclusão conceitual também se deu no Programa Nacional do Livro e do Material Didático (PNLD) 2023, para o Ensino Médio, destinado aos alunos e aos professores das escolas públicas de educação básica. A expectativa é que o material usado em outros níveis de ensino seja atualizado até 2027. De acordo com o presidente do IBGE, Marcio Pochmann, foi possível identificar várias ideias convergentes entre o Instituto e a Marinha, “como a necessidade de avançarmos para um melhor entendimento a respeito da ‘Amazônia Azul’ – espaço fundamental que o Brasil tem e que ainda é pouco conhecido pelos brasileiros”. A nova edição do Atlas Geográfico reúne, nas 239 páginas, informações geográficas, estatísticas e cartográficas destinadas ao ensino, à aprendizagem e à análise das dimensões sociopolítica, ambiental e econômica do Brasil e do mundo. Contempla a Base Nacional Comum Curricular do Ministério da Educação e reúne temas como clima, vegetação, divisão territorial, características demográficas, indicadores sociais e econômicos, além da diversidade ambiental brasileira e de 200 países. Além da atualização do impresso, o novo Atlas Geográfico conta com uma versão digital, que possibilita o acesso a mapas e gráficos interativos, links para conteúdos complementares e busca por temas e palavras-chave.

 


A partir de julho, smartphones Android terão uma nova função chamada “bloqueio por detecção de roubo”, que bloqueará a tela automaticamente ao detectar movimentos suspeitos, como alguém agarrando o aparelho e correndo. O recurso, apresentado no evento Google for Brasil, foi desenvolvido pela subsidiária do Google em Belo Horizonte e aprovado pelo vice-presidente de Android, Sameer Samat. A função é ativada através do sensor de movimento e inteligência artificial, analisando dados do acelerômetro e dos aplicativos abertos, explica o Olhar Digital. Para utilizá-la, os usuários precisam ativar a opção nas configurações, pois ela vem desativada por padrão. Essa inovação surgiu como resposta ao aumento de furtos e roubos de smartphones no Brasil, onde transações financeiras via dispositivos desbloqueados têm sido um grande problema. Segundo o Anuário Brasileiro de Segurança Pública, houve um aumento de 16,6% nesses crimes em um ano, com uma média de 114 celulares roubados por hora. Além do “bloqueio por detecção de roubo”, o Google também lançará um recurso que bloqueia automaticamente o dispositivo após um período de desconexão da internet, e outra função para bloqueio remoto rápido via número de telefone. O “Onde está meu celular” será reforçado com a necessidade de desbloqueio por biometria para desativar o recurso. O Brasil, sendo o terceiro maior mercado de Android no mundo, com mais de 150 milhões de usuários, serve como um ambiente de testes ideal para essas novas funcionalidades de segurança.

 

 

11/06


Um projeto do Centro de Pesquisa para Inovação em Gases de Efeito Estufa (RCGI), da USP, está investigando a melhor maneira de levar a energia elétrica que será produzida nos futuros parques eólicos offshore na costa do Brasil para o continente. E qual a forma mais adequada de abastecer com eletricidade as plataformas de óleo e gás instaladas no oceano, reporta o Ipesi. O RCGI é um Centro de Pesquisa em Engenharia (CPE) montado na Escola Politécnica, no qual 20 pesquisadores vão trabalhar durante três anos na criação de ferramentas capazes de auxiliar na escolha da tecnologia mais adequada para a transmissão de energia em cada caso, no âmbito de um programa financiado pela empresa francesa TotalEnergies. “O projeto tem dois objetivos distintos, que compartilham um elemento comum: a transmissão de energia pelo mar”, explica o engenheiro eletricista Renato Machado Monaro, coordenador dos trabalhos. As duas vertentes têm características diversas, ressalta o professor da Poli. Os parques eólicos offshore serão construídos perto da costa. Os projetos preveem distâncias até 30 km da praia, boa parte ainda na plataforma continental, onde a lâmina d´água é mais rasa. Já as plataformas brasileiras com estrutura para exploração de petróleo e gás estão situadas, em média, a 148 km de distância, com as mais distantes chegando a 300 km da costa, na bacia de Santos, em águas profundas ou ultraprofundas. Atualmente, a energia consumida nessas plataformas vem do gás do próprio poço de exploração. Ou seja, as plataformas funcionam como um sistema isolado, não integrado. “Com a eletrificação das plataformas, diminuiremos a dependência de petróleo, pois emitiremos menos CO2 nessa exploração”, frisou. Os pesquisadores estão realizando um levantamento dos limites tecnológicos, custos dos sistemas e materiais utilizados em outros países, como cabos de transmissão, transformadores, conversores, bem como as perspectivas futuras. Também investigam a capacidade de geração dos parques eólicos planejados e o quanto deverão produzir de energia, além de avaliar a quantidade de energia consumida pelas atuais plataformas.

 


Em 10 ou 20 anos, caso novas variedades de cafeeiros não ocupem o lugar das atuais, o café produzido no Brasil pode ser mais amargo, ácido e adstringente. Essa é a conclusão a que se chega a partir de ensaios feitos no Instituto de Pesquisas Ambientais (IPA) em câmaras que simulam o clima das próximas décadas, com mais gás carbônico (CO₂) na atmosfera e menos água no solo do que hoje. “Com mais CO₂, os cafeeiros poderão fazer mais fotossíntese e ficar mais altos, mas talvez produzam menos frutos”, cogita o pesquisador da USP Douglas Domingues, que participou dos experimentos descritos na revista científica Plants, destaca Um Só Planeta. É plausível pensar que as regiões de plantio sejam outras – atualmente, os maiores produtores são Minas Gerais, com quase metade da produção, Espírito Santo, São Paulo, Bahia, Rondônia e Paraná. O canéfora suporta temperaturas mais altas, mas o arábica é mais sensível. De acordo com simulações de pesquisadores da Universidade Federal de Itajubá, em Minas Gerais, detalhadas na revista Science of the Total Environment, entre 35% e 75% das terras hoje ocupadas por cafezais podem se tornar inapropriadas, por causa das alterações no clima, até o final do século, motivando a busca por terras mais altas e mais frias. Estudos da Unicamp indicaram que as áreas dos cafezais podem encolher, restringindo-se às mais altas do Sudeste, além de ganhar novas terras, ao sul do país. “Precisamos alertar os agricultores sobre como se proteger dos efeitos das mudanças climáticas”, comenta o engenheiro agrônomo Celso Vegro, do Instituto de Economia Agrícola. Uma das formas que ele tem estudado é o seguro rural, que cobre perdas decorrentes principalmente de fenômenos climáticos. Vegro verificou que 15 mil dos cerca de 200 mil produtores rurais de São Paulo já adotaram esse mecanismo contra as quebras de safras.

 


Pesquisadores da Universidade de Jyväskylä, na Finlândia, desenvolveram um modelo que permite aos computadores interpretar e entender emoções humanas, utilizando princípios da psicologia matemática. No futuro, o modelo pode ajudar o computador a adaptar seu próprio comportamento e orientar um usuário irritado ou ansioso de diferentes maneiras, registra Época Negócios. Esse avanço pode melhorar a interface entre humanos e tecnologias inteligentes, incluindo sistemas de inteligência artificial, tornando-os mais intuitivos e responsivos aos sentimentos dos usuários. O modelo desenvolvido em Jyväskylä pode prever se o usuário sente felicidade, tédio, irritação, raiva, desespero e ansiedade. “Os humanos naturalmente interpretam e reagem às emoções uns dos outros, uma capacidade que as máquinas fundamentalmente não possuem,” explica Jussi Jokinen, professor associado de Ciência Cognitiva. “Essa discrepância pode tornar as interações com computadores frustrantes, especialmente se a máquina permanecer alheia ao estado emocional do usuário”, frisou. O projeto usa a psicologia matemática para encontrar soluções para o problema de desalinhamento entre sistemas computacionais inteligentes e seus usuários. A próxima fase vai explorar aplicações potenciais desse entendimento emocional. “Com nosso modelo, um computador poderia prever de forma preventiva o estresse do usuário e tentar mitigar emoções negativas. Essa abordagem proativa poderia ser utilizada em vários ambientes, desde escritórios até plataformas de mídia social, melhorando a experiência do usuário ao gerenciar sensivelmente as dinâmicas emocionais”, detalha Jussi Jokinen.


A NASA está empregando seus satélites para monitorar tigres, onças e elefantes, espécies ameaçadas pela perda de habitat. A observação por satélite permite o estudo de habitats que seriam inacessíveis de outra forma. Por exemplo, a ferramenta desenvolvida em colaboração com a Wildlife Conservation Society utiliza o Google Earth Engine, uma plataforma que permite análise de dados geoespaciais em grande escala. Essa ferramenta combina observações da NASA Earth, como imagens de satélite de alta resolução e dados de sensoriamento remoto, com dados de campo detalhados sobre a distribuição e comportamento desses animais. Ao integrar essas informações, os pesquisadores podem monitorar as mudanças no habitat dos tigres, onças e elefantes ao longo do tempo com uma precisão sem precedentes. Essa abordagem oferece uma visão abrangente e detalhada das áreas de interesse, permitindo aos cientistas identificar padrões de uso da terra, áreas críticas para a conservação e até mesmo prever tendências futuras de perda de habitat. Isso, por sua vez, ajuda na formulação de estratégias de preservação mais eficazes e na tomada de decisões informadas para a proteção dessas espécies ameaçadas, explica a Época.

 

 

10/06


 


Mais de 100 pesquisadores brasileiros participam do projeto internacional Legacy Survey of Space and Time (LSST), que consiste na construção de um supertelescópio em Cerro-Pachón, no Chile, que deverá entrar em operação em 2026. O LSST pretende produzir o maior e mais completo mapa do universo, com 37 bilhões de estrelas e galáxias, ao longo de dez anos. A participação do Brasil no projeto teve início em 2015 e se dá por meio de acordo do qual o Laboratório Interinstitucional de e-Astronomia (LIneA) é signatário. Essa participação é coordenada pelo Brazilian Participation Group (BPG-LSST). O LIneA é um laboratório multiusuário apoiado pelo Observatório Nacional (ON), Laboratório Nacional de Computação Científica (LNCC) e Rede Nacional de Ensino e Pesquisa (RNP), criado com a finalidade de dar suporte à participação brasileira em levantamentos astronômicos que gerem grandes volumes de dados. O LSST é fruto de colaboração internacional, da qual participam 28 países. Os mais de 100 participantes brasileiros são de 26 universidades de 12 estados. A pesquisa inédita abrange várias áreas da astronomia e traz desafios, analisando uma quantidade de dados sem precedentes. Segundo a Agência Brasil, como a quantidade de dados é muito grande, há três centros principais vinculados ao LSST, localizados na Califórnia, Estados Unidos; na França; e na Escócia. Um centro de dados denominado Independent Data Access Center (Idac-Brasil), implantado pelo LIneA, vai hospedar parte das informações do LSST. A participação brasileira significará maior inserção do país na comunidade astronômica internacional e na formação de novos recursos humanos de alto nível para atuar em projetos futuros nesta e em outras áreas do conhecimento, informou a UFF.  O telescópio vai observar cada ponto do céu mais de mil vezes ao longo de dez anos, criando um filme do universo dinâmico com suas imagens.

 


Começou a operar nos EUA uma planta-piloto de geração de energia baseada em dióxido de carbono supercrítico (sCO2), uma tecnologia promissora para substituir as termelétricas atuais. O sCO2 é o dióxido de carbono mantido acima de temperatura e pressão críticas, o que faz com que atinja a densidade de um líquido, mas continue se comportando como um gás. Além de não ser tóxico nem inflamável, o estado supercrítico torna o sCO2 um fluido altamente eficiente para gerar energia porque pequenas mudanças na temperatura ou pressão causam mudanças significativas em sua densidade, relata Inovação Tecnológica. As usinas termelétricas usam água como meio térmico nos ciclos de energia. Substituir a água por sCO2 aumenta a eficiência dessas usinas até 10% – outra diferença é que as usinas a vapor tradicionais usadas na geração de energia se baseiam em um ciclo Rankine, enquanto as usinas de sCO2 se baseiam em um ciclo Brayton. Em um ciclo de Brayton de circuito fechado, o CO2 supercrítico é aquecido por um trocador de calor e faz girar uma turbina. Depois que o CO2 sai da turbina, é resfriado em um recuperador, antes de entrar em um compressor. O compressor leva o CO2 supercrítico até a pressão necessária, entrando em contato com o calor residual no recuperador e retornando ao aquecedor para continuar o ciclo – o recuperador é um elemento essencial para aumentar a eficiência geral do sistema. Como se perde muita energia transformando vapor de volta em água no ciclo Rankine, no máximo um terço da energia do vapor pode ser convertida em eletricidade. Em comparação, o ciclo Brayton tem eficiência de conversão teórica superior a 50%. Pela primeira vez, a turbina da planta-piloto atingiu velocidade máxima de 27.000 rpm, a temperatura operacional de 260 °C, e gerou uma pequena quantidade de energia. A equipe aumentará lentamente a temperatura operacional, até atingir 500 °C, quando a usina gerará 5 megawatts (MWe) de energia, o suficiente para abastecer 5.000 residências. Após a conclusão da primeira fase de testes, a planta-piloto será reconfigurada para um aumento da eficiência e da produção geral de energia. Essa modificação requer a instalação de novos equipamentos. A turbomaquinaria de sCO2 da usina tem um décimo do tamanho dos componentes convencionais de uma usina termoelétrica, o que reduz a área física e o custo de construção. Além disso, os ciclos de energia sCO2 são compatíveis com muitas fontes de calor, incluindo energia solar concentrada, calor residual industrial, energia geotérmica e centrais nucleares avançadas.

 


As ‘acabadoras’ são máquinas fundamentais na fabricação de tecidos e amplamente utilizadas para controlar a qualidade e o acabamento dos produtos, destaca o Engenharia 360. São utilizadas na indústria têxtil para realizar o acabamento de tecidos após a produção e responsáveis por dar uma aparência final aos tecidos, como alisar, escovar, limpar e dar brilho. Podem ser utilizadas em diferentes tipos de tecidos, desde planos até malhas. Com o uso dessas máquinas, é possível melhorar a qualidade do tecido e aumentar a durabilidade. Esses equipamentos são necessários na Engenharia Têxtil porque são responsáveis pelo acabamento final dos tecidos, que é uma etapa crucial no processo de produção têxtil. O acabamento é necessário para melhorar aparência, textura, toque e durabilidade dos tecidos, tornando-os mais atraentes para os consumidores. Além disso, as ‘acabadoras’ também são usadas para processar os tecidos após a produção, tornando-os mais fáceis de serem manuseados e reduzindo o risco de encolhimento, desgaste e outros tipos de danos. Ajudar a melhorar a qualidade do tecido, removendo defeitos e imperfeições que possam ter surgido durante a produção. Os engenheiros têxteis precisam entender as propriedades dos tecidos e saber como os diferentes tipos de acabamentos afetam a aparência e o desempenho dos materiais. As ‘acabadoras’ permitem que os engenheiros controlem a qualidade e o acabamento dos tecidos para atender às necessidades dos clientes e às exigências do mercado. Alguns dos modelos mais comuns de acabadoras são ‘acabadora de calandra’, usadas para tecidos planos para alisar e dar brilho ao tecido; ‘acabadora sanforizadeira, usada para tecidos de algodão e misturas de fibras para encolher e estabilizar o tecido; ‘acabadora’ compacta, usada para tecidos de malha para compactar o tecido para que tenha aparência mais uniforme; ‘acabadora mercerizadora’, usada para dar acabamento brilhante aos tecidos de algodão; ‘acabadora singeing’, usada para remover as fibras soltas e dar um acabamento liso e uniforme ao tecido.